Curso de português auxilia haitiano a encontrar emprego em São Paulo

A primeira expressão que o haitiano, Bazil Thelemaque, aprendeu no Brasil foi “obrigado”.O jovem de 20 anos decidiu sair de seu país de origem para melhorar sua condição de vida e ingressar no ensino superior. Ele é um dos alunos do curso de português que o Instituto Adus oferece gratuitamente para refugiados. 

Recém-chegado à São Paulo, em janeiro de 2019, Thelemaque não tem arrependimentos de ter escolhido o país para recomeçar sua vida, “gosto do Brasil e acho que aqui é melhor para mim, porque aqui tem trabalho”, comenta. 

Ele conta que ficou sabendo das aulas de português do Instituto assim que chegou na capital paulista, onde mora com sua irmã, “um amigo me falou para estudar no Adus”, explica. Para ele, entender a língua de outro país é essencial para conquistar uma oportunidade de trabalho. 

Oportunidade de trabalho

E foi exatamente isso que aconteceu. O haitiano já está em seu oitavo mês de trabalho em um restaurante na Vila Piauí na Zona Oeste de São Paulo. Com a carteira de trabalho assinada e motivado para dominar o idioma local, Thelemaque pretende continuar os estudos no Adus para melhorar seu desempenho nas tarefas do serviço,”eu quero continuar [a estudar] para aprender mais. Preciso aprender a falar com eles”, comenta ele sobre sua relação com os funcionários do local.  

Segundo dados do relatório sobre a inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro, do Ministério da Justiça, em 2019 ocorreu um aumento no número de carteiras de trabalho emitidas para haitianos no Brasil. As emissões passaram de 18,7% no primeiro quadrimestre de 2019 para 29,5% do total de emissões no segundo quadrimestre.

O segundo quadrimestre teve 5.798 solicitantes de refúgio do Haiti. Um aumento nas solicitações em comparação com o primeiro quadrimestre do ano.

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Texto: Mateus Lima