Fama depois do refúgio

 

Não é de hoje que o mundo assiste aos movimentos de imigração e refúgio. Apesar da maior visibilidade em tempos de redes sociais e globalização, os deslocamentos humanos sempre existiram na história da humanidade.

Entre as milhões de pessoas consideradas refugiadas, algumas ganharam fama ao se destacarem em diferentes áreas de atuação.

 

O ator cubano Andy Garcia

 

 

Começando pelo físico Albert Einstein, judeu e nascido na Alemanha. Responsável pela Teoria da Relatividade, uma das maiores descobertas da ciência, ele foi perseguido pelo líder nazista Adolf Hitler e, para sobreviver, se refugiou nos Estados Unidos.

Outro que fugiu das perseguições antissemitas do regime nazista foi o Secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, Nobel da Paz pelo acordo de cessar-fogo na Guerra do Vietnã.

No mundo das artes, o ator Andy Garcia nasceu em Cuba e teve que ir para Miami ainda criança, após a invasão da Baía dos Porcos, em 1961, que tentou pôr fim ao regime de Fidel Castro.

 

 

 

 

 

 

Freddie Mercury nasceu em Zanzibar e refugiou-se na Inglaterra

 

 

 

O vocalista da banda Queen, Freddie Mercury, é outro caso de refugiado famoso. Ele nasceu no Zanzibar e se refugiou na Inglaterra em 1964, aos 17 anos, em decorrência da perseguição sofrida pela sua família durante a revolução que levou à independência do seu país.

 

 

 

 

 

Opositora do regime do apartheid, na África do Sul, a cantora Miriam Makeba teve seu passaporte anulado pelo governo do seu país por ter participado do documentário antiapartheid Come Back Africa. Ela se exilou na Europa e depois nos EUA, onde teve seu trabalho reconhecido mundialmente.

 

 

Miriam Makeba deixou a África do Sul e exilou-se na Europa e EUA

 

A atriz Mila Kunis foi outra refugiada nos EUA, vinda da Ucrânia. Judia, ela e sua família precisaram abandonar o país pelos atos antissemitas nos tempos da União Soviética, quando ainda criança. “Depois do Holocausto, na Rússia, não se podia ter religião”, contou Mila Kunis numa entrevista ao jornal “The Sun”.

 

 

 

 

 

São histórias de dor, perda e sofrimento, assim como de outras milhões de pessoas que precisaram buscar uma vida digna em outro país. Histórias também de conquistas e inovações, pois o mundo não seria o mesmo sem os talentos revelados em muitos dos refugiados.

 

Texto:  Ulima Stedten